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Amplificador telefônico

Apesar dos telefones electrónicos serem cada vez em maior número, nem todos estão equipados com amplificador. Numerosos telefones antigos, do tipo com teclado, estão ainda operacionais e dão plena satisfação aos seus possuidores. Se o leitor estiver num destes casos e pretender fazer com que à sua volta se ouçam as conversações telefónicas, não resta senão mudar de telefone ou realizar um amplificador simples e económico como o que se propõe neste artigo.

Princípio de funcionamento

Figura 1 - esquema do amplificador

Como é proibida qualquer ligação à rede telefónica pública, a única solução para extrair os sinais telefónicos é o sensor magnético. Existem de dois tipos: o tradicional, de ventosa, que se aplica no melhor local possível (a determinar por tentativas) e o plano, que se desliza sob o telefone, mesmo que não seja sempre esse o melhor lugar, especialmente nalguns aparelhos electrónicos.
Os sinais de alguns milivolts de amplitude fornecidos por estes sensores, são amplificados por IC2 cujo ganho é regulável através do potenciómetro P, que constitui uma regulação de sensibilidade.
Este modo de proceder permite explorar o melhor possível toda a margem de variação do potenciómetro de volume P2. Este precede IC3 que é o clássico LM386, amplificador de potência integrado capaz de fornecer algumas centenas de milivolts a um altifalante de 4Ω, ou mais. A sua potência é largamente suficiente para o uso que se lhe pretende dar nesta montagem.
A alimentação é confiada a um alimentador vulgar que a partir da rede fornece 12 V e uma centena de miliampéres. Como a tensão de saída destas fontes não é estabilizada e é filtrada de modo muito grosseiro, IC1 encarrega-se de a estabilizar nos 9 V e um complemento da filtragem é assegurado por C7. O diodo D1 protege a montagem de eventuais inversões de polaridade. Muitos destes blocos dispõem de um meio de inverter a polaridade dos terminais de saída, o que poderia ser nocivo em caso de engano, se D, não estivesse montado.

Realização

Figura 2 - Circuito impresso e implantação dos componentes

Todos os componentes são montados na placa de circuito impresso, inclusive o potenciómetro de volume. A sua realização não apresenta nenhuma dificuldade; deverá haver o cuidado habitual de montar correctamente os componentes polarizados.
O LED avisador da alimentação é montado no circuito impresso de modo a poder fazê-lo ultrapassar o painel frontal dobrando os seus terminais que se deverão deixar o mais longos possível.
O funcionamento é imediato se não tiver sido cometido nenhum erro nas ligações. A única regulação a fazer é a de P1. Para tal, coloca-se a montagem e o respectivo sensor magnético em posição, no telefone, e ajusta-se P1 para que a maior parte possível da fonte de P2 seja utilizável. Mas atenção! Com alguns telefones electrónicos recentes, as fugas do transformador de linha são muito fracas, pelo que é preciso procurar minuciosamente a posição do sensor que der os melhores resultados.
O amplificador, uma vez montado numa caixa, pode fica sob tensão permanentemente, devido ao seu fraco consumo em repouso. O LED está presente para evitar que se deixe a montagem ligada quando se está ausente durante muito tempo.

Lista de material

Resistências 1/4W ±5%

  • R1 = 2,7KΩ
  • R2, R3 = 47KΩ
  • R4 = 220KΩ
  • R5 = 680Ω
  • R6 = 10Ω

Condensadores

  • C1, C3 = 1μF 25V
  • C2, C4, C5 = 10μF 25V
  • C6 = 0,22μF mylar
  • C7 = 470μF 25V
  • C8 = 220μF 15V
  • C9 = 47nF mylar

Semicondutores

  • IC1 = 7809
  • IC2 = TL081 ou LF351
  • IC3 = LM386
  • D1 = 1N4002
  • LED

Diversos

  • P1 = 220KΩ ajustável vertical
  • P2 = 10KΩ
  • Altifalante 4Ω ou mais
  • Sensor telefónico magnético plano ou de ventosa

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Samuel Geraldo da Silva